O recente protocolo de uma sugestão legislativa no Senado Federal reacendeu o debate em torno da forma de governo no Brasil. A proposta que já está em análise propõe a realização de um plebiscito nacional em 2026, permitindo que a população se manifeste acerca da restauração da monarquia parlamentarista no país. Essa ideia, que conta com o apoio de mais de 30 mil cidadãos através da plataforma e-Cidadania, coloca em pauta a discussão sobre a eficiência do atual modelo presidencialista e se a monarquia poderia oferecer um sistema mais estável e menos corrupto. Neste artigo, exploraremos os detalhes dessa proposta, suas implicações e a perspectiva de um Brasil possivelmente monárquico em 2026.
Brasil pode voltar a ser Monarquia já em 2026. Entenda!
A proposta de retroceder a um sistema de monarquia parlamentarista ganha destaque na política brasileira. Um dos pontos mais relevantes do debate é a ideia de que o sistema atual não tem proporcionado a eficiência desejada, sendo o foco em corrupção e as crises políticas constantes que marcaram o presidencialismo no Brasil, argumentos que favorecem uma mudança.
A expectativa é que, caso o plebiscito ocorra conforme sugerido, ele se realize durante as eleições gerais de 2026, um evento importante na vida política do Brasil, onde os cidadãos poderão expressar sua vontade em duas frentes: escolhendo seus representantes e decidindo sobre a forma de governo. A ideia de que a população pode ter novamente a palavra após décadas é estimulante para muitos, especialmente àqueles que acreditam que a monarquia poderia trazer uma estabilidade há muito desejada.
Um ponto fundamental levantado é que países com monarquias parlamentares, como os da Europa, costumam apresentar níveis de corrupção mais baixos e melhora significativa nas políticas públicas. Defensores como Ilgner A.D.L. argumentam que a estabilidade proporcionada por monarquias modernas dissocia a figura do chefe de Estado dos ciclos eleitorais, permitindo um foco no desenvolvimento a longo prazo, ao invés de decisões influenciadas pelas próximas eleições.
No entanto, esse retorno ao passado não é isento de controvérsias. Em 1993, o Brasil decidiu por sua forma de governo, optando pela república presidencialista com 66,28% dos votos. A escolha pela monarquia obteve apenas 10,26%, o que levanta questionamentos sobre a validade de um novo plebiscito, dado que a maioria populacional já se manifestou contra um modelo monárquico.
Caminho legislativo e desafios constitucionais
A proposta registrada como Sugestão Legislativa 9/2024 enfrenta um longo caminho até a sua implementação. Analisando o cenário legislativo atual, ela deve ser aprovada pela Comissão de Direitos Humanos, obter apoio de pelo menos 27 senadores, passar por outras comissões e ser votada tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado, antes que o presidente do Congresso promulgue a consulta popular.
O secretário da CDH, Christiano Emery, enfatiza que, além desses trâmites, a proposta pode encontrar resistência judicial. O Supremo Tribunal Federal, por exemplo, pode considerar a iniciativa inconstitucional, com base na consulta de 1993, que deu preferência à república presidencialista. A decisão da corte poderia deslegitimar todo o processo, tornando-o uma batalha cheia de obstáculos e imprevistos.
Mesmo que o plebiscito seja aprovado e a população decida pela monarquia, a implementação prática e os desafios de governar sob um novo regime requerem uma discussão aprofundada e uma preparação para lidar com as consequências. A transição não é simples e garantir que a população esteja bem informada sobre os prós e contras da monarquia é essencial. Há um forte apelo por um debate claro e transparente sobre o que isso realmente significaria para os brasileiros.
Casa Imperial manifesta preocupação
Uma vez que a possibilidade de restaurar a monarquia voltou ao debate público, a Casa Imperial também se manifestou. Dom Bertrand de Orleans e Bragança, bisneto da princesa Isabel e considerado o sucessor legítimo ao trono, expressou reservas em relação à proposta. Segundo ele, o tempo até 2026 pode ser insuficiente para uma adequada conscientização da população sobre os aspectos da monarquia e suas implicações.
A preocupação de Dom Bertrand é compartilhada por outros defensores do monarquismo, como o historiador e consultor político Alex Catharino. Ambos acreditam que muitos brasileiros têm um entendimento limitado ou distorcido do que representa uma monarquia moderna. A falta de informação qualificada sobre o tema é um ponto crucial. Catharino argumenta que a monarquia moderna pode oferecer uma estabilidade institucional maior, já que o foco do monarca é de longo prazo, ao contrário de presidentes que podem ser influenciados por interesses eleitorais imediatos.
É essencial que a população tenha acesso a informações corretas e bem explicadas sobre como funcionaria uma monarquia parlamentarista, suas vantagens, desvantagens e como se daria a relação com as instituições democráticas mantidas. Catastrofismos e idealizações devem ser desmistificados para permitir um debate saudável e fundamentado.
Histórico e perspectiva
Históricamente, a monarquia foi uma parte importante da formação política do Brasil, e sua queda em 1889 trouxe uma transformação significativa para o país. Desde então, diversas propostas de retorno ao modelo monárquico surgiram, mas nenhuma avançou de forma significativa até os dias atuais. O plebiscito de 1993 pode ser visto como uma referência importante, pois a escolha pela república presidencialista foi clara e, à luz daquela decisão, muitos questionam a relevância de um novo plebiscito agora.
No entanto, a questão sobre se a república realmente tem atendido às necessidades do povo brasileiro ao longo das décadas é um ponto fundamental a ser analisado. A insatisfação com os episódios de corrupção, crises políticas frequentes e a falta de representatividade são argumentos que sustentam a ideia de que a população pode estar disposta a considerar uma mudança de governo.
Além do mais, a natural evolução do debate sobre o papel da monarquia em um Brasil do século XXI pode provocar novas reflexões e permitir um exame mais jovem e vigoroso sobre as formas de governo. O retorno ao tema pode ser entendido como uma oportunidade para discutir o que os brasileiros desejam para o futuro, principalmente à luz das dificuldades enfrentadas pelo sistema atual.
Perguntas frequentes
A restauração da monarquia é realmente uma solução viável para o Brasil?
Sim, muitos acreditam que a monarquia poderia oferecer um sistema político mais estável e menos suscetível às crises eleitorais e de corrupção.
Quando seria o plebiscito para decidir sobre a monarquia?
Se aprovado, o plebiscito ocorreria em 2026, simultaneamente às eleições gerais.
O que se espera da população com relação a essa proposta?
A expectativa é que a população esteja bem informada e preparada para tomar uma decisão consciente sobre o futuro do país.
O que diz a Constituição sobre essa proposta?
A proposta precisaria de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para mudar a forma de governo, o que envolve um processo legislativo complexo.
E se a proposta for considerada inconstitucional pelo STF?
Nesse caso, a proposta poderia ser barrada, o que geraria um impasse até encontrar uma solução dentro do marco legal.
Qual o papel da Casa Imperial nessa discussão?
A Casa Imperial, representada por Dom Bertrand de Orleans e Bragança, questiona a viabilidade da proposta e expressa preocupações sobre a falta de informação na sociedade.
Conclusão
A possibilidade de o Brasil voltar a ser uma monarquia em 2026, através de um plebiscito, é uma proposta que poderá reacender debates históricos, políticos e sociais. A proposta não só resgata questões que até então pareciam enterradas, mas também convoca a população a refletir sobre suas preferências para o futuro do governo no país. Embora existam muitas incertezas acerca da viabilidade e dos desdobramentos dessa proposta, é inegável que o debate está aberto e que as vozes em favor da mudança estão se tornando mais audíveis. O que resta é saber se os brasileiros estão prontos para considerar uma nova era em seus processos de governança, podendo levar a um diálogo saudável e fundamentado sobre o que realmente desejam para o futuro político do Brasil.

Como editor do blog revistafundacoes.com.br, trago uma visão única sobre finanças digitais e tecnológicas, combinando minha formação em Sistemas para Internet pela Uninove com meu interesse em economia.